terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Arrepio



Fui na final do jogo do Corinthians contra o Goiás. Não... Não fomos campeões. Mas nem por isso deixo de parabenizar o time que ganhou o título: PARABÉNS FLUMINENSE!

O que venho escrever aqui não são vitórias, nem derrotas e muito menos empates. Não é sobre rebaixamento nem a ascensão de um time. O que venho escrever hoje é a incrível sensação de estar em um estádio torcendo.

Sua voz se junta com mais de milhares para empurrar guerreiros, soldados, jogadores. Você grita no olé, no passe, no drible, no chute, no "quase". A gente vibra por dentro. Grita com a alma para que o craque lá embaixo possa ouvir o nosso sussurro. A gente soa, chora, se alegra. Baixamos a cabeça, mas no mesmo instante a erguemos porque sabemos que um time precisa de uma torcida, de um barulho, de um sinal de vida que sopra dentro de milhões de brasileiros.

O jogador às vezes parece perdido dentro daquela batalha. São tantos guerreiros. Tantos "fenômenos", "imperadores" e "pelés". São laterais, zagueiros, meios de campo, atacantes, goleiros. São muitos. São vários. Brasileiros e estrangeiros. Todos unidos. Falando línguas diferentes. Mas com a mesma intenção. O mesmo objetivo, o mesmo sonho. A vitória.

Os 90 minutos parecem ser tão longos quando a vitória esta perto de nossas mãos. E curto o bastante para não realizar o gol. Os acréscimos às vezes salvam nossas esperanças ou então enterram a glória. São faltas, cartões e impedimentos. São regras e palavrões. São dores e lágrimas. Sorrisos e mais lágrimas.

E os nossos guerreiros estão lá. Sob chuva e sob sol. Rodeado por torcedores rivais e por protetores. Mas a maior paixão e milagre do fultebol. Não está no gol nem na vitória. Está no arrepio. Nos pêlos de nossos braços subindo quando em um canto de alegria craques e torcidas se unem para continuar na batalha e na luta. No arrepio de uma reza para um Santo lá em cima que por milagre de nossa prece fez o gol aparecer. Pelo arrepio que o som do rádio nos dá quando o rival toma ou leva o gol. É apenas o arrepio...

...e o CORAÇÃO acelerado.

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