domingo, 24 de julho de 2011

ENEAD 2011

Hoje vi o final de um filme que tem tudo haver com o fim do congresso do qual participei. A última frase dita pela protagonista foi: "todo final de uma história é o começo de outra". E, realmente, a experiência que tive no Encontro Nacional dos Estudantes de Administração - ENEAD foi memorável e inesquecível. Gostaria de dar os parabéns a todos os organizadores, palestrantes, patrocinadores e colaboradores que de alguma forma contribuíram para o evento.

Talvez o que eu venha a dizer não se generalize a todos os estudantes que participaram do ENEAD, mas para mim as palestras despertaram um a voz que estava abafada dentro da minha alma. Todos os ensinamentos e discursos dos quais assisti focaram em cinco verdades: sonhos, perseverança, coragem, compartilhamento e caráter. Cinco verdades, que infelizmente, para nós jovens, às vezes, parece ser um mundo imaginário e impossível. Por que sonhar é para os tolos? Ter perseverança é para os fracos? Coragem é inútil? Compartilhar é retroceder? E caráter ninguém tem? Será mesmo esta a única verdade? Não depois do que assisti.

Vivemos em um mundo em que temos fácil acesso a tudo e a todos. Podemos expor nossas idéias e ideias. Podemos dizer "eu te amo" pra um milhão de pessoas e mais outros um milhão "curtirem". Podemos criticar sem censura e sem medo de repressão. Podemos fazer "passeatas" online ou até acabar com a ditadura de um país. Podemos sim, mas não fazemos realmente. Sim, temos fácil acesso a tudo e a todos, mas temos medo de realmente concretizar nossos passos e objetivos.

Não pensamos pequeno porque nossas idéias são infinitas. Talvez, pensamos, facebookamos, orkutamos, twittamos e blogamos com a coragem de um leão, mas o medo exagerado de um humano. Temos o mundo em nossa mãos. Não entenda-o apenas como ser tecnológico, mas principalmente como um ser vivo. Que respira, que sente, que chora e que responde.

Não é só a natureza e aos desejos próprios a que devemos respeito. Mas essencialmente ao próximo. Respeito não por educação, e sim por e com amor. Quantas crianças ainda serão vítimas do crack? Quantos políticos ainda sentaram sobre nossos esforços?  Quantos jovens ainda irão preferir as armas e drogas do que um livro? Quantos bebês e idosos ainda morreram em nossos "ótimo" hospitais públicos? Quantos aplausos e gritos daremos a uma seleção de ricos, mesquinhas, hipócritas e políticos? E tudo o que o nosso país e o resto do mundo pede é: "suplico que não me mate não, dentro de ti".

Esse quarto dia foi o final de uma história, de um congresso e de uma viagem. Mas foi o começo de novas amizades, de mais histórias e, principalmente, o renascimento de um jovem coração (pelo menos para mim). Obrigada, mais uma vez, a todos os que participaram do ENEAD 2011. Mais do que jovens com idéias, somos jovens com ações.

domingo, 17 de julho de 2011

Apenas brasileiros



Eu vou começar xingando, porque eu realmente preciso dizer isto: Puta que pariu! E eu tenho certeza que não falo só por mim, mas por um monte de brasileiros que viram o jogo do Brasil contra o Paraguai.

Confesso sim que me entristeceu ver a nossa seleção ter tantas oportunidades de gol e quando chega nos pênaltis erram quatro. Mas percebendo melhor o que me entristece não é o erro e sim a esperança que depositamos. Nunca vi nenhum jovem, adulto ou idoso ter e sentir tanta raiva acompanhando uma decisão no Plenário com  políticas a respeito de corruptos. Nunca vi juntar tanta coragem e garra para reclamarmos do alto imposto cobrado sobre todos os produtos dos quais consumimos. Nunca vi juntar todo o povo para lutar pelos diretos das condições mínimas de saúde e educação. A única oportunidade que tive de ver algo tão grande assim foi em livros de História a respeito das Diretas Já.

Sou apenas uma brasileira. E acompanhei todo o jogo. Gritei, xinguei e também disse "quase". Não vou parar de torcer e nem de gritar, porque querem ou não o futebol é a única coisa que nos une (e entristece). Mas é com certa dor no olhar que admito: somos APENAS brasileiros. Porque brasileiro mesmo é aquele que canta o hino com a mão no peito, é aquele que luta pela vitória e pelos direitos, é aquele que sabendo do fundo do poço em que se encontra o país não deixa de defendê-lo. Somos, infelizmente, uma torcida, uma platéia, um público. Que vaia, grita, chora e "curti".

Quero ver se junta a mesma multidão nas ruas de Brasília quando a seleção é campeã da Copa do Mundo e para quando ficam aqueles políticos (com o cú na mão) decidindo o salário mínimo?

E continuo dizendo: sou APENAS brasileira.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Somos livres



Há algum tempo eu escrevi a respeito de "abrir mão" (http://larissaulhoa.blogspot.com/2011/02/abrir-mao.html). Disse que  uma pessoa aparece na sua vida capaz de transformá-la de tamanha forma que ela não te completa, e sim te complementa. Mas por razões maiores do destino e pela felicidade dessa pessoa tão querida, você deve abrir mão dela. Todavia eu não terminei o texto dessa forma. Terminei assim: "Um dia, quem sabe, o destino tome outro percurso e nos encontraremos sem compromisso.".

Não digo que isso aconteceu. Apenas digo que somos livres. Livres para nos apaixonar. Por quem quisermos, por quem nossos olhos encontrarem. E se nos encontrarmos no meio do caminho com essa mesma intensidade nos olhos. Eu apenas digo: agora, somos livres.

(A nossa liberdade é o que nos prende)

sábado, 2 de julho de 2011

Metade do meu coração



Faz um bom tempo que não escrevo. Hoje eu escrevo para os eternos apaixonados. Àqueles que, as vezes, são indecisos quanto aos sentimentos, mas que nunca deixam de se apaixonarem.

Metade do meu coração gostaria sinceramente que nossos olhos jamais tivessem se cruzado. Mas a outra metade insiste em te observar atentamente na tentativa de acontecer àquela troca de olhares. Você me incomoda de tal forma que me sinto confortável perto de você. E quando você me abraçar eu não sei se desejo te mandar afastar ou simplesmente virar e te dar um beijo surpresa.

Metade do meu coração quer continuar a te amar. E a outra metade tem certeza disso. Enquanto as metades não se encontram, eu vou viver essa indecisão inconstante. Mas jamais vou deixar de me apaixonar pelos olhos apaixonados de quem eu encontrar.