quarta-feira, 4 de abril de 2012

Santo do pau oco

Não sabe-se bem ao certo como a expressão popular surgiu. Segundo alguns historiadores "santo do pau oco" referia-se a esculturas de santos utilizadas como "esconderijo" para esconder o ouro, no Período Colonial com o auge da mineração. Os mineradores ao passarem na Casas de Fundição deveriam pagar, como impostos a Coroa Portuguesa, o quinto -  20% do que encontrassem. Umas das formas encontradas para driblar esta cobrança era utilizando as esculturas de santos em madeira oca. Outros historiadores afirmam que o "santo de pau oco" na realidade não tem nenhuma malícia, pelo contrário, refere-se, a tão somente, a diminuir o peso da escultura, ou seja, torná-la levinha... levinha.

Os noticiários, sobre política brasileira, na última semana retratam um caso interessante. Mas antes, é necessário fazer uma recapitulação em resumo do que aconteceu. 

Primeiro, Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira ou Bicheiro (tudo depende da sua intimidade com o caso) foi, finalmente, preso em fevereiro de 2012, graças a Operação Monte Carlo que desarticulou a operação de roubo nas máquinas caça-níqueis. Que fique claro que, em fevereiro de 2004 uma Medida Provisória entrou em vigor determinando o fechamento de bingos e proibindo o uso de máquinas caça-níqueis.

Segundo. Demóstenes Torres, símbolo da integridade e ética, assumiu em 2009 a presidência da Comissão de Constituição e JUSTIÇA e em 2011 foi eleito Senador. Defensor de uma política clara, ética e limpa, Demóstenes caiu na queda de Cachoeira.

O que "A" tem haver com "B"?
Gravações, autorizadas ou não, capturaram centenas de conversinhas particulares do Senador com o Cachoeira.Vai ver, são só conversas telefônicas para manter a amizade. Mas tudo muda, quando as conversas passam a ser comprometedoras. Aquelas que envolvem um dinheiro aqui e um dinheiro ali. Parece que Demóstenes nadou na queda de Cachoeira.

Coincidência ou não, a primeira interpretação do "santo do pau oco" faz sentido. 

domingo, 1 de abril de 2012

Será apenas dia da mentira ou um aviso?



01 de abril de ....

O mundo está um caos. As pessoas de hoje perderam o respeito e se matam por pura diversão. Virou realmente uma lei pela sobrevivência. 

Meu pai, já falecido, me contava que na época do minha avó as mulheres engravidavam facilmente. Hoje as mulheres não engravidam mais. A sociedade esta sendo dizimada, se não pela própria raça, será pelo tempo. Os homens caçam crianças e mulheres. O sexo de hoje não é por amor, é apenas um prazer momentâneo que depois é descartado com um tiro de uma arma, seja por parte dele ou dela. As drogas são misturadas e potencializadas tirando o suspiro de vida de um sonho.

No mundo encontrar um sinal de vida, significa que você está delirando. Meu pai me contava que antigamente existiam sinais de sorte, como por exemplo um trevo de quatro folhas. Não tenho a mínima ideia do que seja isso, se não por ilustrações de livros guardados no porão. Aqui poucos conhecem o tom verde e muito menos o que seria uma planta, uma árvore ou uma flor.

Meu pai me contava, também, que o sonhos das mulheres eram ser magras. Hoje isso não é uma opção, é uma certeza. Não só delas, mas deles também. Nos alimentamos pelo resto da caça dos humanos predadores. Não matamos outros humanos, apenas nos aproveitamos da caça, afinal é uma questão de sobrevivência. Existem poucos que pensam como eu. 

Que pensam que existe uma solução, se não agora em um passado do qual não participei. Se você encontrou esta carta é porque eu consegui mudar o futuro temporariamente. Sim, eu viajei no passado para mudar o que seu povo vem construindo. Mas é questão de tempo para vocês mudarem de ideia e voltar a criar uma sociedade morta e hipócrita. Cheio de preconceito e ideais mesquinhas. Cheios de razão e nenhum arrependimento. Pois saiba, caro leitor que você foi escolhido para a próxima salvação.

Na época de meu pai as pessoas se matavam por religião, credos, crenças, cores, opiniões e torcidas. Na época do meu pai as pessoas se matavam no trânsito, nos parques, escolas e casas de família. Na época do meu pai crianças usavam drogas e andavam armadas. Polícia matava por dinheiro. E político governava pelo poder e não pelo povo.

Acredito que você seja da época do meu pai. Então, caro leitor, digo o que meu pai me dizia: "Nos meus tempos fazíamos passeatas na internet (nem sei o que é isso) e uma minoria comparecia nas ruas para reivindicar direitos e liberdades. Exigíamos tanto do mundo e pelas mudanças. Mas nunca, nunca fizemos uma mudança realmente. A única coisa que fizemos foi esperar. E continuamos esperando. Então filho, antes de exigir uma mudança, mude. E não deixe que ninguém lhe diga que é impossível acreditar e fazer a mudança. Saiba por onde começar. Comece por você."


Ass.: a 1ª tentativa de salvação