domingo, 29 de agosto de 2010



Passei tanto tempo tentando controlar meus sentimentos. Dizendo para mim mesma de que o medo não existia, que o amor era uma farsa e que a perseverança era um mito. O que eu escrevi antes sobre tudo isso talvez fosse apenas um desejo de que meus amigos não vissem o mundo como vejo. As vezes tudo tem um significado muito triste e muito real, por isso, se escrevia lindas poesias e palavras era para evitar que meus olhares não se tornasse o seu olhar.

As vezes você sonha por outras pessoas porque não deseja que elas passem pelo o que você passou. Talvez o que torne seu dia melhor não são os sorrisos que você dá, mas quantos sorrisos você vê e sente naquelas pessoas que você ama. O que torna meu mundo mais seguro de si e de certa forma mais presente e confiante é a felicidade que vejo transbordar do corpo de meus amigos.

Agora eu sinto mais humana. Parece que o medo voltou. Medo esse que eu havia perdido e finalmente encontrei. O amor não parece mais uma farsa quando, agora, meu corpo já não acompanha o ritmo do meu coração; quando minha respiração não encontra oxigênio suficiente ; principalmente, quando tempo e espaço parecem se anular. A perseverança, contudo, ainda parece perdida neste ritmo todo, mas, tenho certeza, de que ela não é um mito.

Passarei a escrever realmente porque acredito e não apenas pelo o que desejo.

sábado, 14 de agosto de 2010

Conversando com dois amigos no MSN e sob a inspirarão que eles me trouxeram, eu escrevi: "Se um dia me tornasse uma grande poeta então eu escreveria que um grande romântico pela vida é aquele que escreve com tanta paixão que seu mundo não fica restrito somente em palavras, mas as palavras tornam real o mundo que ele imagina em seu coração."

quinta-feira, 12 de agosto de 2010


Queridos poucos leitores voltei a escrever meu livro. Agradeço aqueles que não desistiram dele e pediram que eu continuasse. Aqui mostro a capa improviso, pois a definitiva ficará em segredo:

Capa feita pelo meu amigo Thiago

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu sinto falta de um abraço de alguém que eu goste de maneira diferente. Sinto falta daquele beijo demorado e que logo em seguida vem acompanhado com um sorriso no canto da boca. Sinto falta daquele batimento esquisito no peito quando você vê alguém. Sinto falta de olhar apaixonada e de estar apaixonada.

Quero matar essa saudade...
Falando com um amigo de Brasília no MSN. Ele me disse que eu não sentia saudade dele, mesmo eu afirmando que sim. Finalmente minha frase final foi: "A saudade não pode ser escrita em palavras e nem mesmo falada. A saudade é um sentimento que as lembranças guardam pra quando você se sentir sozinha na ausência de pessoas que fizeram a diferença para você.".

terça-feira, 10 de agosto de 2010



Já dizia Bono Vox em sua música "Beautiful Day": It's a beautiful day. Don't let it get away (tradução:É um lindo dia, não deixe ele escapar). E hoje foi com certeza um lindíssimo dia. Não houve nada de especial, não houve nada que fosse diferencial. Mas o dia em si foi o que deveria ser.


O coração acelerou quando devia acelerar, o sorriso saiu quando deveria despertar e abraços foram selados quando eram necessários concretizar. O dia foi lindo, porque vi o brilho nos olhos de alguns amigos e nos meus próprios olhos, ouvi gargalhada que a muito tempo não ouvia e senti o sentimento despertar quando menos imaginava.

O que torna um dia lindo não são as surpresas agradáveis, mas o simples ato de sentir e perceber o que esta sentindo. De ouvir o que muitos não conseguem escutar e acima de tudo de enxergar(ou imaginar que esta enxergando) o que os outros apenas vêem.

Tenha um lindo dia e não deixe ele passar despercebido.




segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Finalmente as aulas voltaram efetivamente!!! Não sei se isso é bom ou ruim. Mas de ter aquela aventura de novo na ida e volta da faculdade é muito bom. Os amigos fazendo gracinha no carro, os comentários desnecessários, as perguntas mais desnecessárias ainda, o aprendizado de futebol e o melhor time do campeonato, as festas e as promessas de idas que no final das contas estavam falidas.

Na faculdade também, principalmente na hora no intervalo. O grupo reúne perto da tia do lance e todos trocam seus salgados. Uma mordida aqui e outra aqui. Na aula então: com certeza a galera do fundão comanda e a do canto também. Os comentários desnecessários persistem e as gracinhas também.

O semestre começou e vem com ele mais um trabalho integrado(sem comentários). Mas também vêm as aulas com ausência de professor em que nossa presença estará na PAMONHARIA, vem a formação da comissão de formatura e as calouradas e festas que tiverem.

Para os que lerem isto, será mais um semestre de faculdade, mas para os que vivem e convivem será o semestre da faculdade, como todos os outros foram de alguma forma especial.




Hoje, ou melhor, ontem deveríamos comemorar o dia dos pais. Filhos acordando com um sorriso no rosto, abraçando seu pai e entregando algum presente. E assim foi feito, além disso, há sempre aquele almoço em família que algumas vezes alguns familiares aparecem e, em algumas casas, há sempre aquele amigo que pela ausência do pai não tem com que família comemorar e de tantas a escolher ele escolhe a sua.

O dia parece perfeito, principalmente quando seu pai é Botafoguense e o time dele ganha de 3x0 no dia anterior. Mas para melhorar o dia mesmo é só o pai vendo o sorriso de suas duas filhas vendo a vitória do Corinthians sobre o Flamengo, pena que um dos filhos é flamenguista.

Seu pai comemorar o dia dos pais com aqueles que lhe deram o justo papel. Com certeza, não há melhor companhia.

Contudo, há dias em que recebemos telefonemas que nos levam para baixo. E aquele dia perfeito, com piadas, risadas e momentos de graça. Simplesmente se transformam em lágrimas. Ontem, por volta de 20:15, atendo um telefonema, era meu tio querendo falar com a minha mãe para dar-lhe a notícia de que a namorada do sobrinho do meu pai havia falecido. Falecido com apenas 32 anos e uma vida inteira pela frente.

Já passei várias vezes pela dor de uma perda. Quando ouvimos não acreditamos, quando vemos achamos que é um pesadelo e quando todo o momento de tristeza passa, desejamos apenas que tudo aquilo tenha sido uma mentira e que a pessoa que amamos simplesmente está viajando, uma viagem longa da qual não saberemos bem certo quando voltaremos a vê-la. Mas, de forma alguma, aceitamos sua morte.

A dor é tanta que é igual a grandeza de uma lágrima. A perda é um buraco negro na alma em que parece nos sugar aos poucos. E o que nos motiva a continuar esse grande desafio que é a vida são, além das pessoas que estão ao nosso lado, as alegrias, sorrisos, brincadeiras, lembranças daquela que partiu.

A vida deveria ser como Charlie Chaplin disse:

"Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está
todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer
primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo,
até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você
trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder
aproveitar sua aposentadoria.Aí você curte tudo, bebe
bastante álcool, faz festas e se prepara pra
faculdade.
Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira
criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um
bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus
últimos nove meses de vida flutuando...."

Mas, talvez nem ele esteja correto, quando vemos o filme o "Curioso Caso de Benjamin Button".

Creio eu, que o verdadeiro mistério da vida está em vivê-la com sua própria felicidade.


sábado, 7 de agosto de 2010


Ouvindo a música "Pra rua me levar" de Ana Carolina e Seu Jorge fiquei pensando um pouco: as músicas atualmente perderam sua poesia, sua voz, seu ritmo, sua letra. Ao contrário de poetas como Ana Carolina, Seu Jorge, Lulu Santos, Jorge Ben Jor, Zeca Baleiro entre tantos outros a citar, nossas canções brasileiras se perderam em apenas batidas e ritmos alucinantes esquecendo do valor de uma letra.

Claro que é super bom, às vezes, entrar numa boate e ouvir as músicas que te fazem dançar e "viajar". Mas minha crítica não se deve as essas músicas, mas outras que nos fazem rir ou até chorar de tão ruim. De nada adianta, contudo, criticar o estilo musical de cada um. Como também nada leva uma discussão sobre religião e política.

Para mostrar minha variação por músicas citarei alguns artistas e bandas que gosto: John Mayer, Pete Murray, Ana Carolina, Seu Jorge, O Rappa, Capital Inicial, Lulu Santos, U2, Jack Johnson, Jota Quest, Jorge e Mateus, Cezar Minotti e Fabiano, Vitor e Leo, Cat Stevens, The Beatles, Paralamas do Sucesso, Maskavo, David Gueta, Black Eyed Peas e vários outros que não me lembro.

Eu diria que como em cada momento há uma situação. Em cada momento há, também, uma música.

Aqui também cito uma música que escrevi quando estava na quarta série e muitos dos meus amigos estavam para mudar de escola:

"Abra bem os olhos
Veja você mesmo
O tempo passou, mas a gente não mudou

Pique-pega, pique-esconde
Era o que a gente brincava toda noite
Lembra aquele papo de "saber ficar"
Era coisa que todo mundo tinha medo de falar

Pega garota, pega ladrão
A coisa fica feia depois da confusão...

Ae garotada chegou o nosso tempo
Tempo de brincar e de..."(o resto eu não lembro)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eu não sou


Hoje fui ao hospital de novo. Para fazer ultrasonografia. Não, eu não estou grávida. Como disse minha irmã gêmea "só se for do divino espírito santo". A primeira vez que eu fui foi para fazer endoscopia, mas não vem ao caso discutir meus problemas.

Hoje, quando estava no corredor esperando para pegar o resultado do meu exame, uma senhora já idosa com seus 80 anos sentou-se ao meu lado com um sorriso no rosto. Naquela hora vi a minha avó olhando para mim. Deu uma saudade. Muita saudade. Lembro-me que minha avó sempre nos perguntava o que queríamos para o lanche, sendo que havíamos acabado de almoçar (coisa de vó). Lembro-me que toda manhã quando acordava no antigo barracão de Catalão ela me perguntava se eu queria escaldado (ÔôÔô trem bãooo) e não tinha como recusar.

O que me chateia é que quando Dona Julia (minha vózinha) era viva e minha mãe vivia insistindo para ficarmos com ela ao invés de irmos ao hotel da minha tia (www.maraturismo.com.br) eu ficava emburrada porque queria brincar com meus primos, nadar na piscina e mexer no computador. Hoje, quando estou em Catalão o que menos faço é sair da casa da minha vó. Diz um velho ditado que "só aprendemos a dar valor depois que perdemos". E realmente é assim. Desejaria nesse momento voltar no tempo e dizer ao meu velho "eu" o imenso valor que minha avó tem e não deixar ele desperdiça nenhum momento com ela. Além disso, entregaria ao meu velho "eu" uma poesia:


"Eu não sou...
Simplesmente não sou...
Não sou a pessoa que você foi e sempre será
Não sou a pessoa que gostaria de ser.
Não tenho as mãos grossas
Grossas pelo seus grandes feitos, pela sua coragem, garra.

Não tenho seu dom
De amar, acolher, ajudar e compreender.
Não tenho sua força
Não tenho sua fé
Não tenho a sua alegria de viver
Simplesmente não tenho...
Mas guardo no meu coração
O amor eterno que você me deu
Guardo nas minhas memórias os seus ensinamentos
Guardo as pétalas de todas as rosas que você plantou nessa vida.
Não caminho descalço sobre o chão frio...
Não seu fazer tricô...
Não sei fazer a sua broa, o seu pão de queijo, seu bolo, sua pizza...

Não sei ser o que você foi
Simplesmente não sei.
Mas sei que você estará e sempre estará ao meu lado
Sei que você me olha com seus olhos já cansados
Sei que sua mão, mesmo já machucada, ainda segura a minha.

Eu ainda posso vê-la caminhando pela casa
Posso ouvi-la chamando a todos
Posso vê-la vigiando sobre os antigos óculos
Posso...E não, não posso
Não posso mais beijá-la
Não posso mais tocá-la
Não posso mais senti-la
Simplesmente não posso...

Mas quero...
Quero ser guerreira
Quero ser corajosa
Quero ser você
Quero ter sua fé
Ter seu dom
Ter sua alegria
Quero você
Quero saber fazer o que fazia
Saber amar como amava
Saber ensinar como ensinava
Quero sua sabedoria
Simplesmente quero...

E eu sei que eu não sou nada
Sei que você é a própria vida
E eu apenas o grão.
E é isso que me faz continuar a caminhada
É tudo isso que me faz ter coragem, garra e força para continuar
E você é meu propósito
É meu início e fim
É você
Simplesmente você...
E se não for pedir demais, gostaria de ser metade, apenas metade do que a senhora foi."


quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Já faz algum tempo que não escrevo em meu blog. Estaria mentindo afirmando que é por falta de tempo, pois este parece que não me faltar. O que me falta na verdade é imaginação. Logo eu, que no último post declarei juras de admiração à imaginação. Ainda bem que o ser humano é imperfeito.

Vou falar de algo que pouco falo ou, acho eu, nunca falei. De mim mesma. Sabem os poucos leitores que escrevo um livro, pois fiquem sabendo também que minha falta de imaginação o interrompeu. Não me perguntem por quê. Pois embora ela seja "minha" no momento ela parece estar vagando por ai em buscar de razões para sua existência. Bem, continuando onde parei, meu livro foi interrompido (pretendo prossegui-lo, mas pretensões não são afirmações);voltei as aulas na faculdade no dia 2 de agosto, pelo menos eu voltei elas não; vi uma pessoa na faculdade que chamou minha atenção, mas infelizmente não posso adiantar nada quanto às incertezas do coração.

Percebem os que estão aqui lendo minha imensa dificuldade de falar de mim mesma. Para mim é mais fácil escrever sobre personagens e pessoas que vi e conheci do que mim mesma; é mais fácil fazer uma poesia de amor ou dor, do que contar sobre meus amores e minhas dores. É tão simples para mim escrever texto confusos, mas tão complicado escrever poucas palavras desta "escritora" que aqui escreve.

Eu diria que eu sou a presença e a ausência, a verdade e a mentira, o simples e o complicado, o lindo e o horrível, o concreto e o abstrato, sou o sonho e a realidade, sou o sim e o não e muitas vezes o talvez. Sou apenas um ser humano nesse mundo cheio de loucuras e belezas aprendendo a sobreviver e a viver. Sou se não mais uma peça do quebra cabeça; mais um peão e ao mesmo tempo a rainha; sou royal straight flush ou mais um par de cartas na mesa. Sou como os outros, mas sabem vocês que um pouco diferente.