terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A busca



Em algum momento ela sabia que tinha perdido algo que lhe pertencia. Não algo que simplesmente ela conquistará, mas essencialmente quem ela era. Porque a sonhadora inevitavelmente cresceu e deixou alguns sonhos de criança virarem apenas lembranças. Há um tempo ela sabia exatamente seu propósito, seu objetivo, suas crenças. Agora ela é uma navegadora, uma viajante. Em busca do quê? Do que é e de quem há de ser.

Talvez este momento seja o maior de suas aventuras. A indecisão. A inexatidão. E ela não irá parar até encontrar de novo aquele sentido, aquele mistério que o mundo colocava em seus olhos. Porque ela quer reviver a emoção de saber que há tanto a descobrir, a conhecer. Tantas novas histórias a escrever. Mas ela sabe que para seguir em frente, ela deve primeiro "perdoar" seu passado. Com pequenos passos ela vem se permitindo a tal grandiosidade. Porque um
coração partido, seja por tristeza ou rancor, jamais poderá seguir em frente se não se permitir ao humilde ato do perdão.

O segundo passo seria o "conhecer". Conhecer novos lugares, novas pessoas, novos momentos. Reconhecer velhos lugares, velhos amigos, velhos momentos. Conhecer o antigo e o novo. Conhecer novos sorrisos e olhares caducos. Conhecer o interior de si mesma e o exterior que lhe formou. Viajar no conhecimento de si.

Tudo, inevitavelmente, vem acontecendo simultaneamente. Trata-se da própria vontade de encontrar aquela alegria, aquele sorriso e aquele olhar, que inspiravam sua alma. Por fim, quando ela voltar ao princípio de si mesma e no caminho de quem há de ser, ela se permitirá ao amor. Algo que está acontecendo, mas apenas não realizou.

domingo, 24 de novembro de 2013

Vamos viver tudo que há para viver!



Eu quero ser mais eu, mais você, mais nós.
Quero viver tudo que há pra viver
Quero me permitir a mudanças, inovações e improvisações.
Quero beijar a sua boca e sentir o seu sorriso
Quero brincar de criança e soltar o meu espírito.
Porque o tempo voa amor. E como voa.

Eu quero sentir a música sob o ritmo do meu coração
E mesmo sem religião eu irei fazer minha oração
Porque eu simplesmente acredito no mundo melhor
Por traz dessa podre hipocrisia, há sempre uma poesia

E eu vou voar para seu braços
sob os nossos laços
Porque quero me permitir ao tempo.
Ao senhor da razão e toda sua benção

Eu quero arriscar a felicidade e fazer novas amizades
Porque chorar são apenas lágrimas sem razão
Nos sorrisos estão o amor e as verdadeiras histórias da emoção
Então me dê sua mão e vamos comigo "paixão".

Eu quero crer em todo o amor que há de concretizar
Porque a vida é muito curta para apenas imaginar
Porque o tempo voa amor. E como voa.
Vamos viver tudo que há para viver.

Inspiração "Tempos Modernos"

domingo, 29 de setembro de 2013

Perder para se encontrar



Tenho a sensação de que precisamos nos perder para nos encontrar.
Entretanto, a maioria, tende a se perder e não se reencontrar.
A gente simplesmente fecha os olhos pra algumas verdades, alguns amores, algumas amizades.
E decidimos esquecer como de fosse um passatempo. Acontece que algumas vezes, o passatempo, passa a lhe tomar todo o tempo. E alguns de nós passa a ter a habilidade de que "tudo que amamos, nós deixamos ir".

É exatamente daí que sai a lição que achávamos que nunca iriamos aprender: você só percebe que ama, depois que perde. Então, não perca, achando que a qualquer momento poderá encontrar. Afinal, o tempo não pode ser tão grato, quanto uma segunda chance.

sábado, 21 de setembro de 2013

Armários e gavetas



Abrindo os armários e gavetas, encontrei hoje, histórias e cartas que me esqueci. Encontrei texto de amigos amarelados pelo tempo. Amigos que contavam momentos bons que vivemos, de sonhos que tivemos e dos planos que fazíamos. Nas cartas encontrei o carinho deles, a presença deles. Lê-las faz imaginarmos os queridos amigos dizendo cada palavra, cada frase. Como se estivessem exatamente ali, naquele momento. E se sou capaz de enxergá-los apenas lendo cartas de antigas lembranças é porque tais lembranças me marcaram, como nossa amizade.

Abrindo caixas encontrei fotos e sorrisos que gravamos. Encontrei a foto de todos reunidos no pátio da escola, fingindo que não olharíamos para a câmera, apenas para ter a mesma sensação de que nossos encontros eram daquele jeito, espontâneo. E sim, quando vejo a fotografia, tenho a impressão de que nada foi planejado.

Encontrei também minhas antigas paixões e meus amores. Encontrei um desenho, uma carta de amor e uma declaração de saudade. E lembrei de cada um com o mesmo carinho e a mesma importância. E penso que a cada um realmente amei e gostei ao meu modo. Lê as cartas fez me lembrar das promessas de amor eterno que fazíamos, independente de distancia, envolvidos ou dinheiro. Não importando o tempo ou o fim, todas minhas paixões e amores eu me lembro dos melhores momentos. Nunca vou entender o porquê.

Abrir os armários, gavetas e caixas, também nos dá a oportunidade abrirmos mãos de algumas coisas. Na maioria delas, apenas papéis. Alguns são anotações, recados e antigas lições e tarefas na época de escola. A minoria, são lembranças que devem ser deixadas porque algo mais importante deve ocupar o lugar delas. Simplesmente necessário para se seguir em frente. Afinal esquecer não é difícil, difícil é seguir em frente.

Pois tudo que você ama, fica. O resto, deixe ir.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Perdidos



Espero um dia após o outro...
Aquela conversa engraçada de encontros casuais.
Como se fossemos o casal que Renato Russo uma vez cantou.
Só que não foi numa festa estranha e também não tinha gente esquisita.
Quero simplesmente curtir a liberdade que o tempo nos proporciona
Você na sua e eu na minha, mas no final de semana o encontro.

Espero um dia após o outro...
A oportunidade de realmente curtir uma festa com você.
Dançando, rindo e agindo como bobos. Sem compromisso.
Com a seriedade, a realidade e muito menos com o "nós".
Afinal é apenas uma diversão. Eu te beijo e você retribui.
Podemos fingir que estamos juntos pelas aparências, mas estabelecemos limites.

Espero um dia após o outro...
O dia em que iremos ao cinema e você abra a porta. Apenas para despertar a graça.
E vamos com a intenção de assistir o filme não tão interessante quanto nossos encontros.
E você começa a me contar seus planos e eu os meus.
Certos de que nos atentaremos em não colocar o "nós".
Afinal não queremos compromissos e muito menos comprometer nossos planos.

Espero um dia após o outro...
Nos divertirmos e não deixar nossos corações baterem.
Porque o ritmo de um pode não acompanhar o do outro e quando nos dermos por si.
Estaremos perdidos.
Perdidos em nós, em nossos planos, em nosso futuro.
Afinal era apenas curtir o humor. Mas acabaremos perdidos na droga que é o amor.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Um futuro cego e sem voz





Às vezes posso ouvir na voz das pessoas o futuro. É como se cada sílaba fosse um melodia do que o futuro a espera e como ela o impactará. É como se uma carta estivesse sendo lida em voz alta e minha cabeça imaginasse o que esta sendo contado de uma forma tão real, que me perco e chego a pensar que a realidade que vivo é apenas um sonho. 

Queria eu poder dizer o que vejo em algumas pessoas. Poder dizer aquela criança que o mundo espera ansiosamente que ela cresça, pois ela oferecerá a cura para o câncer. Gostaria de dizer aquele homem para não se iludir com o dinheiro, pois caso tome as decisões erradas o fracasso lhe aguardará. Gostaria de dizer para aquela mulher que se ela acreditar mais nela o mundo lhe abrirá portas e janelas que lhe permitirão um futuro brilhante.

Como também gostaria de dizer aquele garoto para não ficar em casa no seu aniversario de 18 anos, pois a tristeza da perda de um pai lhe aguardará. Gostaria de dizer para aquela adolescente para não se entregar as experiências ridículas de alguns jovens, como o uso do crack, pois o que para ela tinha sido apenas uma brincadeira será no futuro estupro e aborto. Gostaria de dizer para aquele homem não se agarrar ao ciúmes do irmão e por ódio apertar o gatilho da arma que guardava para proteger a família.

Gostaria de realmente dizer e ver o rosto destas pessoas. Mas sou um futuro cego e sem voz. Sou aquele  rapaz sujo e imundo, sentando na porta de algum boteco vagabundo, rodeando as ruas das cidades e vilas esperando, apenas esperando ser ouvido e visto. Sou simplesmente um desconhecido.


quinta-feira, 21 de março de 2013

O livro que quero escrever - OS OUTROS




"Eu poderia escrever milhares de histórias sobre realidades, conspirações, religião, ciência, ficções, amor, suspense. Ou poderia muito bem contar uma única história que envolvesse todas as ideias. Se acreditarão em mim ou não, não caberá a mim decidir. Conto apenas o que acredito, vejo e convivo. Não adianta me julgares com seus olhares e desconfianças, pois certamente para aqueles que estão lendo esta história, não me conhecem e nunca me conhecerão. O meu destino realizou-se. Mas antes preciso lhes contar a história de vosso mundo e das verdades e mentiras dos quais convivem. Pois, vocês nunca estiveram sozinhos."

Apocalipse 1:8 - Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.

Um pequeno trecho do livro que pretendo escrever...




sábado, 9 de março de 2013

Palavras que ferem a alma



Percebi que embora aparento fragilidade eu ainda sim tenho uma força tão grande de machucar as pessoas que amo.
 Machuco as pessoas não na carne e nem no osso, mas em suas almas. 
E sou capaz de, às vezes, atingir os vossos corações.

Percebo que faço isso sem perceber e só me atendo quando estes nobres corações que enriquecem minha vida se põe a dizer tais verdades para mim.
 E então me rendo ao pranto que meu coração me propõe e, finalmente, descubro porque jogo palavras tão más contra as pessoas que amo. 
Porque no fundo sempre fui uma sonhadora e a verdade do mundo esta me tirando os sonhos.

E então o sorriso dos dias se apagam e qualquer decepção e tristeza vira um dilúvio de um dia. 
E chego a negar as verdades das pessoas que amo.
 Não por orgulho ou por acreditar somente em minhas palavras. 
Mas porque eu conheço as verdades, sei delas e também concordo com elas. 
Porém, as verdades não quero escuta-las, pois no fundo são elas que me tiram o sorriso e o brilho dos olhos.

Por fim, decido que gostaria muito de sonhar eternamente. 
Mas percebo que, se este for verdadeiramente meu desejo, irei perder a verdade e a realidades das pessoas que amo e que me amam.
Portanto peço perdão imperdoável, peço desculpas indesculpáveis para os tantos corações que magoei. 

Mas espero que entendam, que a sonhadora deixa a cada dia de sonhar e de crer nela mesma para conviver  com verdades e realidades que ela acredita não esta pronta para viver.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Às vezes



Às vezes me esqueço
De quem fui e de quem gostaria de ser.
E então, inevitavelmente, me lembro quem sou.
E da minha escolha de "ser" e viver.

Às vezes me pego a chorar
Lembrando das lembranças ruins
E então, me ponho a sorrir
Vagando nas lembranças que me propuseram rir.

Às vezes me pergunto
Das respostas que quero ter
E então, nada descubro
Pois sou a grande questão do meu ser

Às vezes gostaria de ter parado
O tempo das pessoas que se foram
Para não dizer adeus 
Nem me despedir da parte dos meus "eus"

Às vezes penso nas vezes que tive
A oportunidade de apenas mudar
E então descubro, que algumas coisas
Surgiram, simplesmente, para estar.




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Um beijo de adeus



Acredito que o Brasil e o mundo sentiu um silêncio escoando ao redor de nós mesmo.
Sentiu um vazio dominando a alma e simplesmente sem palavras para falar da dor, do horror.
Porque todos tivemos que dar adeus às almas jovens e vivas, cheios de vida e viver.
E a solidão é tamanha que nos mantemos mudos. Não temos palavra, e o silêncio mostra-se em seu verdadeiro significado.
Porque perdemos sorrisos, risadas, carinhos, abraços, irmãos, primos, familiares, conhecidos e desconhecidos. Que tenham ou não o nosso sangue. Que tenham ou não nossos laços. Inexplicavelmente todos, sem exceção, perderam alguém.
Sentimo-nos sufocados, cansados, presos em paredes escuras. Mas sabemos, sim, sabemos, que a dor e a solidão foi muito maior. Que o grito foi mais doloroso.
E nos imaginamos nos lugares de familiares e de amigos e como se pertencêssemos aos mesmo corpo e alma, somos capazes de sentir a pequena parte de vossas dores.
Por que?
Porque descobrimos a solidariedade humana e o ser humano se revela em sua natureza. E descobrimos que embora diferentes, somos um só.Porque o fundo negro se colore com uma pequena luz, a simplicidade da ajuda.

E no dia 27 de janeiro de 2013 todos deram um beijo de adeus.