terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Um beijo de adeus



Acredito que o Brasil e o mundo sentiu um silêncio escoando ao redor de nós mesmo.
Sentiu um vazio dominando a alma e simplesmente sem palavras para falar da dor, do horror.
Porque todos tivemos que dar adeus às almas jovens e vivas, cheios de vida e viver.
E a solidão é tamanha que nos mantemos mudos. Não temos palavra, e o silêncio mostra-se em seu verdadeiro significado.
Porque perdemos sorrisos, risadas, carinhos, abraços, irmãos, primos, familiares, conhecidos e desconhecidos. Que tenham ou não o nosso sangue. Que tenham ou não nossos laços. Inexplicavelmente todos, sem exceção, perderam alguém.
Sentimo-nos sufocados, cansados, presos em paredes escuras. Mas sabemos, sim, sabemos, que a dor e a solidão foi muito maior. Que o grito foi mais doloroso.
E nos imaginamos nos lugares de familiares e de amigos e como se pertencêssemos aos mesmo corpo e alma, somos capazes de sentir a pequena parte de vossas dores.
Por que?
Porque descobrimos a solidariedade humana e o ser humano se revela em sua natureza. E descobrimos que embora diferentes, somos um só.Porque o fundo negro se colore com uma pequena luz, a simplicidade da ajuda.

E no dia 27 de janeiro de 2013 todos deram um beijo de adeus.