segunda-feira, 9 de agosto de 2010



Hoje, ou melhor, ontem deveríamos comemorar o dia dos pais. Filhos acordando com um sorriso no rosto, abraçando seu pai e entregando algum presente. E assim foi feito, além disso, há sempre aquele almoço em família que algumas vezes alguns familiares aparecem e, em algumas casas, há sempre aquele amigo que pela ausência do pai não tem com que família comemorar e de tantas a escolher ele escolhe a sua.

O dia parece perfeito, principalmente quando seu pai é Botafoguense e o time dele ganha de 3x0 no dia anterior. Mas para melhorar o dia mesmo é só o pai vendo o sorriso de suas duas filhas vendo a vitória do Corinthians sobre o Flamengo, pena que um dos filhos é flamenguista.

Seu pai comemorar o dia dos pais com aqueles que lhe deram o justo papel. Com certeza, não há melhor companhia.

Contudo, há dias em que recebemos telefonemas que nos levam para baixo. E aquele dia perfeito, com piadas, risadas e momentos de graça. Simplesmente se transformam em lágrimas. Ontem, por volta de 20:15, atendo um telefonema, era meu tio querendo falar com a minha mãe para dar-lhe a notícia de que a namorada do sobrinho do meu pai havia falecido. Falecido com apenas 32 anos e uma vida inteira pela frente.

Já passei várias vezes pela dor de uma perda. Quando ouvimos não acreditamos, quando vemos achamos que é um pesadelo e quando todo o momento de tristeza passa, desejamos apenas que tudo aquilo tenha sido uma mentira e que a pessoa que amamos simplesmente está viajando, uma viagem longa da qual não saberemos bem certo quando voltaremos a vê-la. Mas, de forma alguma, aceitamos sua morte.

A dor é tanta que é igual a grandeza de uma lágrima. A perda é um buraco negro na alma em que parece nos sugar aos poucos. E o que nos motiva a continuar esse grande desafio que é a vida são, além das pessoas que estão ao nosso lado, as alegrias, sorrisos, brincadeiras, lembranças daquela que partiu.

A vida deveria ser como Charlie Chaplin disse:

"Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está
todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer
primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo,
até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você
trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder
aproveitar sua aposentadoria.Aí você curte tudo, bebe
bastante álcool, faz festas e se prepara pra
faculdade.
Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira
criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um
bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus
últimos nove meses de vida flutuando...."

Mas, talvez nem ele esteja correto, quando vemos o filme o "Curioso Caso de Benjamin Button".

Creio eu, que o verdadeiro mistério da vida está em vivê-la com sua própria felicidade.


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