segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A última palavra (fim)

Iara procurou durante dez anos provas para salvar a alma inocente de seu irmão. Dez anos em busca de uma verdade que ele escondeu, para salvá-la. Porque por mais que ela encontrasse pequenos detalhes, nada comprovaria a verdade.Ela percebeu, por fim, que seu irmão jamais queria que ela deixasse a vida passar. Então, antes de partir de vez do Brasil, Iara deixou aquela mesma rosa no túmulo de seu irmão e pediu desculpas. Desculpas por falhar com ele, na vida e na morte. Partiu e nunca mais ouviu-se notícia da jovem jornalista, a não ser quando a Morte lhe levou pelo tempo.



Muitos anos se passaram e no lugar do cemitério passaria uma estrada. Foi necessário remover os corpos. E Ian contou a verdade depois de morto:

"Espero, sinceramente, que esta carta tenha sido encontrada anos e anos depois do ocorrido. Pois a verdade custa caro em um país comandado pela impunidade. Se você ainda vive no ano de 2012 ou até os próximos dez anos seguintes, peço com a alma, que esconda esta carta bem, ou então devolva ao meu corpo morto. Como disse, a verdade custa caro.


Independente se é um velho ou um jovem cheio de sonhos,não se permita desistir. Pois até na escuridão as estrelas te iluminam e existe um "farol" enorme te guiando. Eu, provavelmente, era como você. Acreditava em um mundo melhor, na justiça, na democracia, na educação, na saúde, na sociedade. Mas me deixei levar e deixei que me levassem. Não, eles não são culpados. O culpado é somente eu. Por perder o que mais eu apreciava: a liberdade!



Você provavelmente, lerá em jornais antigos a história de um empresário corrupto. Que levou políticos, policiais e homens de negócio do céu ao inferno. Na realidade, sempre foi um inferno, mas o luxo, o dinheiro e o poder nos lubridiavam. E que ser humano não se sentiria assim? Na realidade, nenhum. SER HUMANO não!



Sei que é tarde. Mas quero pedir perdão por decepcionar uma nação. Pois eis aqui todos os detalhes desta quadrilha de Monte Carlo: (...) "

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