segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM AO RONALDO - "A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável." (Mahatma Gandhi)

         Não sou a torcedora mais fanática. Nem uma “expert” em futebol. E muito menos conheço todas as grandes estrelas e lendas desta arte. Mas sei que, por algum motivo, o Brasil e o mundo se comoveram com a despedida de um Fenômeno. Seu nome: Ronaldo Luís Nazário de Lima.


            Como a maioria das histórias de grandes jogadores brasileiros, Ronaldo nasceu pobre. Mas rico. Rico de sonhos, de esperança e, acima de tudo, de vontade. Quando menino desejava jogar no Flamengo. Mas o pedido se desmoronou diante da condição financeira, pois os quatro ônibus lhe impediram de treinar no rubro-negro.  Todavia, criança-jovem sabe que sonho não concretizado não é sonho perdido.  A garra e a luta lhe deram um Clube: Cruzeiro. Lá, Ronaldo mostrou ser mais que um jogador, ser mais que um garoto no meio de tantos. E com apenas 17 anos o jovem seguiu para a Europa.

            Foram cinco times europeus. PSV Eindhoven, Barcelona, Internazionale, Real Madrid e Milan.  Foram quase quinze anos fora do Brasil. Não para ensinar um futebol. Porque isso eles já conhecem. Mas para eles compreenderem a arte da bola nos pés. É chapéu, drible, elástico, chute, arrancada, lançamento, de cabeça. No meio de campo, na lateral, na área, no pênalti. É simplesmente fenomenal. Todavia, todo herói tem que ser posto a prova.

            Talvez, uma das maiorias provas aconteceu no Inter. Em uma de suas jogadas espetaculares de arrancada, nosso Fenômeno teve seu tendão do joelho rompido. E foram horas de cirurgias, dias de tratamentos, meses de dor. E anos de coragem. Porque quando ele caiu todos caímos, mas lhe demos os braços para que ele se levantasse. Como se fosse um milagre, Ronaldo voltou aos campos e mostrou que lesão nenhuma o leva ao chão e lhe tira o título da Copa do Mundo.



            Alguns anos depois nosso Ronaldo voltou ao Brasil. E no dilema da rivalidade entre Clubes sua honra foi posto a prova. Era Flamengo, Cruzeiro e Corinthians. Sua paixão, seu início e sua torcida. Todos por um. Único. E inigualável. Alguns diriam que por dinheiro e outros por amor. Mas por algum motivo o Fenômeno fez a sua escolha ao qual todos devem respeito. Não é virando as costas, vaiando ou xingando que alguém se torna grande, mas pelo seu caráter. E ele nos provou isso. Há, contudo a inveja e o ciúme. Grandes defeitos. Ao qual julgam o ser humano não pelas suas conquista, mas pelas suas fraquezas. Julgam o ser humano não pela força de vontade, mas pelo peso na balança. Julgam. Porque julgar é mais fácil do que admitir a existência de um herói, de um Fenômeno.

            Quero ter a oportunidade de rever um jogador tão completo em sua habilidade como foi Ronaldo. Como já disse talvez eu não seja uma expert em futebol, mas para Zico dizer que “gostaria de ter jogado com ele”; Felipão falar que “como ele têm poucos no mundo.” E Simoni, treinador do Inter em 97/98, afirmar que “para mim ele foi o melhor de todos” Com certeza o nosso Fenômeno é fenomenal.

            Ronaldo Luís Nazário de Lima encerrou sua carreira hoje, 14 de fevereiro de 2011. Com pedidos de desculpas, frases de saudade e amizade. Com lágrimas nos olhos e, às vezes, um sorriso pela lembrança. Foi assim que Ronaldo deu a entrevista.

            Não é pela torcida corinthiana. Não é pelo torcedor flamenguinta. Nem pelos cruzeirences. Mas sim, pelos brasileiros que escrevo (com certa dificuldade) sobre este ídolo. Como diria Marcelo D2 na musica em homenagem ao Fenômeno: “Sou de suar minha camisa Conquistar minha divisa”.

            Ronaldo, obrigada.


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