sábado, 21 de setembro de 2013

Armários e gavetas



Abrindo os armários e gavetas, encontrei hoje, histórias e cartas que me esqueci. Encontrei texto de amigos amarelados pelo tempo. Amigos que contavam momentos bons que vivemos, de sonhos que tivemos e dos planos que fazíamos. Nas cartas encontrei o carinho deles, a presença deles. Lê-las faz imaginarmos os queridos amigos dizendo cada palavra, cada frase. Como se estivessem exatamente ali, naquele momento. E se sou capaz de enxergá-los apenas lendo cartas de antigas lembranças é porque tais lembranças me marcaram, como nossa amizade.

Abrindo caixas encontrei fotos e sorrisos que gravamos. Encontrei a foto de todos reunidos no pátio da escola, fingindo que não olharíamos para a câmera, apenas para ter a mesma sensação de que nossos encontros eram daquele jeito, espontâneo. E sim, quando vejo a fotografia, tenho a impressão de que nada foi planejado.

Encontrei também minhas antigas paixões e meus amores. Encontrei um desenho, uma carta de amor e uma declaração de saudade. E lembrei de cada um com o mesmo carinho e a mesma importância. E penso que a cada um realmente amei e gostei ao meu modo. Lê as cartas fez me lembrar das promessas de amor eterno que fazíamos, independente de distancia, envolvidos ou dinheiro. Não importando o tempo ou o fim, todas minhas paixões e amores eu me lembro dos melhores momentos. Nunca vou entender o porquê.

Abrir os armários, gavetas e caixas, também nos dá a oportunidade abrirmos mãos de algumas coisas. Na maioria delas, apenas papéis. Alguns são anotações, recados e antigas lições e tarefas na época de escola. A minoria, são lembranças que devem ser deixadas porque algo mais importante deve ocupar o lugar delas. Simplesmente necessário para se seguir em frente. Afinal esquecer não é difícil, difícil é seguir em frente.

Pois tudo que você ama, fica. O resto, deixe ir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário